GUARARÁ

 O município de Guarará tem sua história, datada nas últimas décadas do século XVIII, quando se iniciou as primeiras transposições na região proibida dos Sertões do Leste, visando caminhos mais curtos para ligar a corte a outras áreas próximas ao Vale do Pomba, posteriormente denominada Zona da Mata Mineira. Neste contexto, os primeiros ranchos foram levantados e denominados como “arraial”, pois serviam de parada para tropeiros e viajantes entre o Rio e Minas.
Assim surgiu o Arraial e posteriormente o Curato do Espírito Santo. Com suas terras doadas em 20/7/1828 pelo Cap. Domingos Ferreira Marques, e em virtude da devoção religiosa de sua esposa Dona Feliciana Francisca Dias, surgiu a primeira Capela em honra ao Espírito Santo, por volta de 1830.

Com o passar do tempo, a localidade cresceu, sendo elevada a condição de Paróquia em 1/1/168 pela Lei nº 1.466 e depois a Distrito pela Lei nº 2.034 de 1/12/1873. A emancipação como GUARARÁ ocorreu com o decreto n°278 de 5/12/1890, através do 2º Barão de Catas Altas. O termo Guarará é oriundo do vocábulo de origem Tupi-Guarani e veio da região da Vila de Queluz, mais precisamente do Ribeirão Guarará, localizado na Fazenda Guarará. Essa fazenda era da família da esposa do 2º Barão de Catas Altas.

A colonização deixou traços, ao longo do tempo e presente até hoje, bem representados pela Matriz do Divino Espírito Santo, construída a partir de 1842, pela Praça do Divino, os cartões postais da cidade. As ruas centrais de pedra com casarões históricos, o Teatro Municipal, A Biblioteca, o prédio da Câmara Municipal e a escadaria de acesso à preservada Igreja de São Sebastião com seu mirante, formam o cenário perfeito para um passeio urbano repleto de memórias.

Com uma área rural recortada por montanhas e vales. Guarará é banhado pelo extenso Rio Cágado e pelo Ribeirão Espírito Santo, com suas Cachoeiras nativas, e estradas próprias para as atividades esportivas como caminhadas e ciclismo, num ambiente de contemplação da natureza e muita paz.

A economia do município mantém as origens e permanece como fonte principal a produção rural. As fazendas centenárias, alambiques, moinhos d’agua, laticínios são espaços de oferta de sabores da ruralidade para explorar em Guarará. Conhecer a Fazenda da Laje onde está localizado o alambique que produz a cachaça Pereirinha é uma boa experiência. Neste mesmo contexto da produção de cachaça, citamos o Sítio Roda d‘água, nas margens da BR 267, na área urbana da cidade, responsável pelas marcas Vitória, Beija-flor, Cabocla e Gostosa.

A tradição mineira está presente nas Festas Religiosas de São Sebastião, Nª Sª das Graças, na Forquilha e do Padroeiro, O Divino Espírito Santo, que são concorridas. O município é sede da tradicional Banda de Música Guarará, fundada há 40 anos. Outros eventos, como o Pré-Carnaval, as festas juninas e a Festa do Peão, são festividades realizadas anualmente e atraem visitantes de toda região.